sexta-feira, 2 de maio de 2008

Uma amiga me desafiou a pensar em oito propostas para mudar o mundo. Não sou Edgar Morin tampouco Ítalo Calvino, que escreveram as suas propostas para o século em que estamos; mas topei o desafio. Não sei se o cumpri a contento.
Acho que já comecei errado, pois o desafio erra o seguinte:

1° - A pessoa selecionada deve fazer uma lista com 8 coisas que gostaria de fazer antes de morrer.
2° - É necessário que se faça uma postagem relacionando estas 8 coisas, não importando o que seja, é necessário que a pessoa explique as regras do jogo.
3° - Ao finalizar devemos convidar 8 parceiros de blogs amigos.
4° - Deixar um comentário no blog de quem nos convidou e nos nossos convidados, para que saibam da intimação.

Mesmo tendo entendido errado, acho que as minhas propostas conseguiram atender ao solicita. Ei-las:

Cuidar mais da saúde:

Como posso querer mudar o mundo, ou simplesmente propor mudanças para ele, se eu não estiver vivo ou se, pelo menos, não tiver saudável para dar, ainda que seja o último, folgo a tal difícil empreitada?

Propiciar a alimentação diária:

Se hoje como desenfreadamente, e isso me têm causado alguns problemas, como cansaço, taxas altas, hipertensão, calma ainda não saiu o meu atestado de óbito, existem pessoas que não se podem dar ao luxo de nem comer, quem dirá comer desenfreadamente, para se manterem em pé e alimentarem, ainda que efêmeras, esperanças de um dia melhor. Assim, mesa farta é a segunda proposta.

Estabelecer a harmonia no lar:

Se conseguimos manter o corpo saudável porque temos comida, uma boa alimentação, de que vale isso se em casa a harmonia entre mim e meus familiares é um elo perdido que, cotidianamente, ruma para o ignoto? Essa proposta não é fácil, pois nem Hera, a deusa do lar, conseguia manter o Olimpo em harmonia, estando sempre com raiva de seu esposo Zeus. Mas essa tarefa não é nenhum suplício de Tântalo ou um dos dozes trabalhos de Hércules. É um trabalho que eu ou você, enfim, nós podemos realizar tranquilamente.

Respeitar as diferenças:

Pode parecer besta, pois essa é uma experiência antiga, mas olhem para seus dedos. Viram o óbvio ululante? Eles são diferentes. Então, eureca, um mundo melhor só poderá ser construído se um de seus pilares for o respeito, à alteridade, ao Outro, ao que é diferente de mim, mas nem por isso é melhor ou pior do que eu, simplesmente porque somos um parte do outro.

Conhecer a si mesmo:

Aqui, não estou pensando que devemos consultar oráculos. Afinal, há muito que eles desapareceram com suas pitonisas. Não é isso. Penso que devemos mergulhar em nosso interior, perscrutar os meandros de nosso ser. Mas isso só ocorrerá se formos educados hunamente. Uma educação que prime pela humanização do ser humano, embora isso seja redundante, n ao é, no entanto, óbvio para muita gente. Variante da quarta proposição, esta quinta proposta põe em evidência não o Outro, o alter; mas o próprio sujeito, seu medos, temores, anseios, angústias; mas também as sua alegrias, os seus momentos de felicidade em descobrir a si mesmo, em ter conseguido unir consciente e inconsciente, em ter tocado o self. Acho ser essa uma das tarefas mais difíceis; mas por isso mesmo deve ser empreendida.

Buscar a integração com a natureza:

Num mundo marcado pela degradação da natureza, o que culmina na poluição de ecossistemas e na extinção de algumas espécies, acho que buscar integrar-se à natureza pode ser uma alternativa para um mundo melhor. Que tal, então, darmos os primeiros passos plantando uma árvore ou jogando o lixo no lixo?

Arriscar-se mais:

Bem, não sei se se arriscar mais seja uma alternativa para um mundo melhor ou para vocês mesmo. Mas creio que ela seja uma alternativa para me tornar melhor para esse mundo (ou seja, o meu e o seu) e para este mundo que pensamos em construir e que ainda é uma utopia em gestação. Não ter medo de levar um tapa, não se esquivar diante das porradas (mas enfrenta-las), nem se esconder nas palavras. Eis as lições que ainda preciso aprender para viver nesses dois mundos: o real e o que pensamos em construir.

Propiciar o direito à literatura:

Como um remédio diário que nos possibilita a nossa cota, cotidiana, de humanidade, a literatura não podia ficar de fora dessas propostas de um mundo novo. Como um mundo pode ser melhor se ele desconhecer a linguagem que guarda todas as dores e emoções do mundo e que por isso mesmo "é uma confissão de que a vida não basta"?

Como se vê, as propostas não divergiram tanto do foi solicitado, uma vez que é nesse mundo que eu espero morar, antes de morrer. Por enquanto, não tenho amigos ligados a esse blog, mas assim que eu os tiver darei continuação ao desafio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma vez me contaram sobre uma história de uma moça que estava apaixonada por um rapaz que fora seu cunhado, amigo e sempre seu amor! Vc teria a sensibilidade de escrever uuma historia assim e teria de se arriscar para ficar com a cunhada?